domingo, 27 de fevereiro de 2011

Nanotecnologia:Tecnologia Invisível

Concreto que se regenera, plástico mais resistente que o diamante. O que parecia impossível começa a fazer sentido com a nanotecnologia. É o que conta o professor norte-americano George Elvin, especialista em tecnologias verdes.


Como funciona a nanotecnologia?
É a manipulação do material em escala molecular. O nome vem de nanômetro – a bilionésima parte de 1 m. Trabalhando nessa escala, os cientistas estão criando uma nova geração de materiais mais fortes, mais leves, mais flexíveis e mais eficientes.

Por exemplo, o sólido mais leve do mundo é o aerogel, um nanoisolante composto de 99,95% de ar. Já o diamante não é mais o material mais duro, e sim os nanotubos de carbono. Eles são usados em equipamentos de esporte, barcos e carros – produtos que exigem resistência e leveza. Também compõem a cadeira Myto, da Plank, o que viabilizou seu desenho com apenas duas pernas. 



Em que outros produtos ela aparece?
Em todo lugar: melhorando a absorção do protetor solar, protegendo a tinta de parede da umidade, tornando itens do carro mais leves e resistentes... Eletrônicos, medicamentos, produtos esportivos e até comidas estão sendo transformados pela nanotecnologia. Na casa, nanopartículas eliminam germes na cozinha e no banheiro, caso dos tampos antimicrobianos, que reduzem o crescimento de bacteria’s e vírus. Também protegem tecidos de manchas. 

Que benefícios teremos no futuro e em relação ao meio ambiente?
Quando você manipula os materiais em escala molecular, consegue propriedades incríveis. Há paredes e janelas capazes de “mastigar” a poluição: eles convertem os poluentes em elementos benignos, que são eliminados. Outro avanço beneficia a economia de energia nos processos de fabricação. A Mercedes-Benz está usando um revestimento em carros que não apenas se autorrepara quando arranhado como também economiza 75% de energia para ser aplicado. 

O que são os materiais regenerativos? 

Um exemplo é o concreto com microcápsulas de cola líquida. Quando a superfície racha, elas se abrem e a cola entra em contato com o ar, endurecendo imediatamente e reparando o concreto.

E os autolimpantes? 
Esses funcionam da mesma forma que os revestimentos que mastigam a poluição. Certas nanopartículas são capazes de fazer o que se chama de fotocatálise: separam a sujeira e os poluentes químicos.Mas ainda não vemos essa aplicação em materiais dentro das casas, uma vez que é a luz do Sol que dá início ao processo e a chuva lava o resíduo. 

O iPhone 3GS, da Apple, usa nanotecnologia no processador e por isso consegue ser tão rápido e tão compacto, mesmo com funções de notebook.

O que é o LED orgânico? 
Os OLEDS (Organic Light-Emitting Diodes) são o próximo passo no desenvolvimento da iluminação com LEDs. LEDs são 30 vezes mais eficientes que as lâmpadas incandescentes e os OLEDs podem ser impressos sobre qualquer superfície. São extremamente _ exíveis, basicamente uma folha de plástico que acende. Além disso, assim como as telas dos computadores, aceitam ser programados para exibir imagens. 
A última notícia é que criarão paredes e forros que dispensarão a instalação de pontos de luz. 

Esses materiais já estão no mercado?
Hoje, há mais de 200 produtos de arquitetura e construção que incorporam a nanotecnologia. A maior fábrica de painéis solares do mundo cria suas placas imprimindo nanopartículas coletoras de raios de Sol sobre folhas plásticas. Revestimentos autolimpantes ou que combatem os germes também são muito populares, além do isolante aplicado como spray ou pintado sobre as superfícies como uma camada ultra fina e invisível. Já avanços como paredes luminosas ainda não saíram do laboratório, mas certamente transformarão o modo de construir. 

Há pesquisas sobre o impacto da nanotecnologiana saúde das pessoas e na natureza?

Sim, várias. É importante por se tratar de uma tecnologia poderosa: queremos ter a certeza de que estásendo aplicada responsavelmente. Até agora, não há relatos de maiores problemas, mas em alguns casos as consequências não aparecem até que as partículas se acumulem no corpo ou no meio ambiente.


Fonte: Planeta Sustentável

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Prática - 02,parte 2, Tenébrio molitor: morfologia, identificação científica,o ciclo reprodutivo, a criação em cativeiro, a alimentação, as instalações e manejo

O Tenebrio molitor caracteriza-se pela sua espantosa reprodução de algo entre 500 a 1000 larvas por desova de cada coleóptero. É exigente de calor e atinge sua máxima produtividade em torno dos 26 a 32 Graus Celsius. Não voa, preferindo sempre ambientes secos e escuros. Desprovidos de qualquer tipo de odor ou ferrão, não picam ou secretam qualquer tipo de líquido ou substâncias desagradáveis e prejudiciais ao homem,  não constando em sua ficha que seja transmissor de qualquer tipo de doença, podendo no máximo, os besouros adultos, servir de  hospedeiros intermediários para algumas espécies de parasitas. De todos os alimentos vivos que se empregam na alimentação dos pássaros, as larvas do Tenebrio molitor   se constituem na mais prática, econômica e nutritiva fonte de alimento em especial aos répteis, por tratar-se de fonte rica em proteína animal, carboidrato, matéria fosfatada e fibras digestíveis.


 MORFOLOGIA
          O Coleóptero Tenebrio molitor (besouro)  adulto macho mede de 10 a 15mm sendo que as fêmeas são um pouco maiores situando-se entre 10 e 18mm.







CICLO DE VIDA

O ciclo de vida completo do Tenebrio molitor compreende quatro fases distintas que são: ovo – larva – pupa – imago, completando todo o ciclo em aproximadamente quatro a cinco meses de duração, podendo ainda se estender até doze meses dependendo das condições climáticas, em especial a temperatura do ambiente. Cada fêmea do besouro bota de 500 a 1000 ovos no ambiente aonde eles infestam denominado de terrário que eclodem entre 10 a 15 dias, tornando-se visíveis a olho nu apenas pelo movimento que transmitem ao substrato no centro da desova. À medida que crescem efetuarão de 5 a 7 mudas de pele, por ser esta quitinosa e não acompanhar o crescimento larval. É comum observarmos a presença das peles sobre o local da desova, pois nesta fase as larvas mantêm-se agrupadas, separando-se mais tarde com o crescimento que durará aproximadamente 60 dias, quando atingirão o seu tamanho máximo cerca de 18 a 24mm para em seguida puparem. Logo após as mudas as larvas são de coloração branca e muito mole constituindo-se em excelente alimento.



CRIAÇÃO RACIONAL DOMÉSTICA
TENÉBRIO MOLITOR
TERRÁRIO
Caixas
Para se iniciar uma criação doméstica de Tenébrios recomendamos a construção de no mínimo duas caixas de madeira com as seguintes dimensões:
(40x40x20) cm  dotadas de tampa constituída por um pedaço de tela metálica de malha de (2x2) mm com dimensões de (50x50) cm que será colocada por cima da caixa de forma que ultrapasse todo o seu perímetro de 5cm que será dobrada ao longo de toda a sua volta redobrando lateralmente nos cantos. Esta tampa alem de evitar a decomposição e contaminação do substrato por fungos permite maior aeração, evita as fugas de besouros bem como os freqüentes esmagamentos de larvas e besouros das tampas em corrediças, dispensando ainda despesas com fechos, dobradiças etc. Deverão receber internamente revestimento em chapa fina de alumínio fixada mediante ação de pistola de grampear com a finalidade de proteger a madeira da ação dos besouros e larvas. Este procedimento é dispensado nas caixas plásticas. Pode ainda ser utilizado para substituir as caixas em madeira, gavetas plásticas transparentes destas que compõem as geladeiras domésticas ou ainda caixas plásticas em PVC de tamanhos variados encontradas facilmente no mercado. As tampas para as caixas plásticas deverão ser confeccionadas a exemplo das de madeira tendo o cuidado de efetuar cortes na tela para obter-se um dobramento anatômico e eficiente.



Substrato
Deverá ser composto basicamente de cereais e derivados ricos em carboidratos. Deve-se dedicar especial atenção à decomposição de seus componentes quanto à presença de fungos, bactérias e parasitos nocivos ao ambiente. Rações muito ricas em proteína e carboidrato são as mais indicadas, no entanto contra indicamos pela sua rápida perecividade por fermentação e contaminação levando a caixa à ruína total, em especial no inverno.
Recomendamos para compor o substrato uma mistura de ração granulado para pássaro (sabiá, pássaro preto) peletizada  com no máximo 22% de proteína e alto teor de cálcio misturada a 20% do seu volume a farelo de trigo. O substrato deve ter uma espessura máxima de 15 cm e umidade compreendida entre 8 a 10%.  Ração para frangos, cães e outros animais  não deve ser usada. O terrário não deve ficar em ambiente úmido  acima de 75% de umidade relativa e muito menos em locais que possibilitem o umedecimento do substrato pois isto provocaria uma fermentação e a conseqüente derrocada da caixa. As larvas e besouros possuem a capacidade de retirar umidade do ar no entanto, no verão, quando a temperatura sobe muito e a umidade relativa cai a níveis muito baixos precisamos fornecer suprimento de líquido mediante algumas fatias transversais de chuchu com 1 cm de grossura após lavarmos as fatias para remoção do leite, e seca-las ao sol por quatro horas; podemos fornecer ainda espigas de milho verde, e folhas de papel absorvente levemente umedecidos em água. Todos os fornecimentos de líquidos devem ser ministrados com moderação, evitando a contaminação acidental do substrato por líquidos. O ideal é manter o terrário em um quarto seco e em penumbra. Os tenébrios odeiam a incidência direta dos raios solares e possuem hábitos noturnos.


Formação da Colônia
Existem várias maneiras de se iniciar uma colônia de Tenébrios, mas gostaríamos de recomendar uma forma de obter um desenvolvimento rápido da colônia e saudável do substrato, já que se deteriora muito rapidamente se não for logo devorado pelos habitantes da caixa. A maneira mais eficiente de multiplicação de caixas é:  Estando o substrato pronto e em condições de receber os novos moradores, escolhemos uma caixa bastante produtiva do nosso terrário que irá fornecer os Tenébrios para a nova colônia e, buscando identificar todas as quatro fases de desenvolvimento do Tenébrio retiramos aproximadamente 1000 ml (um litro) do rico e saudável substrato contento o Tenébrio em todas as suas fases e transportamos para a nova caixa aonde depositamos o material dividido em duas porções distintas e em dois buracos efetuados no novo substrato.


Observamos nos dias que se seguem muita atividade na caixa, em especial a trituração do substrato pelas larvas, que é o sinal de que tudo esta ocorrendo bem. Após alguns dias observamos a presença de peles de larvas sobre o substrato, é que elas precisam crescer e a pele não cresce. Então farão cerca de 6 a 7 mudas de pele e elas não devem ser removidas pois ajudam na proteção e aquecimento. Nesta fase cobrimos 50% do substrato com toalhas de papel absorvente sobreposta uma sobre as outras em  quantidade máxima de 5 toalhas. Estas toalhas são  muito comuns nos sanitários públicos, e servirão de refúgio para as larvas que irão pupar e espontaneamente migram para o seu interior para cumprirem a METAMORFOSE.


À medida que o ciclo se desenvolve com a prostração ou hibernação das primeiras larvas da colônia fornecidas pela caixa “mãe”, surge no fundo da caixa por baixo do substrato uma camada de pó finíssimo composto por excremento de larvas e besouros,  ração triturada, alem de ovos de tenébrio, que se deslocam por ação mecânica das larvas (fricção) para o fundo da caixa. Neste estágio dizemos que a caixa está “PEGADA”.


Metamorfose
Todo o processo de transformação de  Larva – Pupa - Imago ocorre de forma rápida e abundante mediante temperatura ambiente entre  26° a 32° graus Celsius e umidade relativa do ar em torno de 75%.
Após a migração das larvas para a toalha de papel, observam-se alguns dias de prostração sem qualquer movimento e passam a apresentar coloração amarelada com aumento do seu diâmetro,  engrossam e entram na fase de pupa. Nesta fase a metamorfose se completa dando origem ao imago. A pupa não se move normalmente, mais quando tocada move-se principalmente para deslocar-se para a superfície. Dentro do pupal a larva vai lentamente transformando-se no corpo do  imago medindo aproximadamente 1,5 mm e é de um branco levemente esverdeado no início a um branco amarelado no fim. No final do processo a pupa se abre liberando o imago que tem coloração branca no início mudando para um bege e vermelho amarronzado. No fim, todo processo dura aproximadamente 2 dias. Os imagos são moles e marrons nas costas; Os besouros adultos são pretos e muito duros.


Após a cruza da fêmea mediante monta do macho, a fêmea efetua uma postura de 500 a 1000 ovos de coloração branca de forma ovalada, envoltos por uma substância pegajosa que permitem a aderência dos mesmos aos materiais do substrato e logo em seguida morre e é devorada por todos, restando apenas as asas e o escudo. A eclosão se verifica entre 10 a 15 dias, completando todo o ciclo reprodutivo



Manejo e Reciclagem Da Caixa
Costumamos acrescentar após o primeiro ciclo, suplementos alimentares de manutenção, que são distribuídos cuidadosamente na caixa evitando remoções e revolvimento do substrato, bem como soterramento das pupas e, para tanto, suspendemos cuidadosamente as toalhas de papel absorvente para repormos de 2 a 3 cm de substrato novo nas mesmas proporções estabelecidas no início para formação da caixa.     
Após dois ciclos consecutivos (aproximadamente 8 meses) todo o substrato já foi devorado e transformando em uma camada de pó finíssimo composto por excremento de larvas e resíduo de besouros mortos.
A camada de pó residual constitui-se praticamente de 100% da caixa que não mais comporta suplementação alimentar por falta de espaço. Aí, verificamos a existência de besouros vivos e pupas.  Em caso afirmativo temos  a indicação da presença de milhares de ovos no pó, além de milhares de larvas minúsculas, bem como larvas de todos os tamanhos. Só nos resta agora proceder à reciclagem da caixa.
A reciclagem compreende o peneiramento da caixa, formação da caixa reciclada, separação das larvas destinadas a alimentação das fêmeas em cria e quarentena do resíduo do pó peneirado.


Peneiramento
O Peneiramento da caixa consiste no processamento de todo o seu conteúdo através de  2 (duas) peneiras, sendo a primeira com # 2 mm e a segunda com # 1 mm. Todo o pó que passar pelas duas peneiras será separado em caixa plástica com tampa telada e ficará em repouso  por 60 dias, depositado em camada não superior a 6 cm sendo 5cm de pó e 1cm de farelo de trigo. Após 60 dias todo o pó será reprocessado na peneira com # 1 mm e retirado todas as larvas e micro larvas que irão para uma caixa plástica de tampa telada denominada Berçário. O pó residual será usado no jardim por ser um excelente adubo.
O material que ficar retido na peneira com # 2 mm , após catação com pinça de todos os besouros conjuntamente com as larvas médias, e grandes irão para a caixa original já provida de limpeza geral e novo substrato conforme anteriormente descrito para dar continuidade a novos Ciclos.
As larvas retidas na peneira com # 1 mm, conjuntamente com larvas pequenas retidas na peneira com # 2 mm  que ficaram presas na malha ou que espontaneamente não passaram por esta, são catadas com pinça ou varridas a pincel macio e, irão para uma caixa plástica de tampa telada denominada Creche.
Verificamos com o manejo que repomos a caixa principal ou Caixa Mãe somente com besouros, larvas grandes e médias e pupas se houverem  e surgirão duas novas caixas denominadas de: Caixa  Creche e Caixa Berçário que fornecerão as larvas para alimentação das fêmeas em cria.


Alimentação de Fêmeas em Cria
A caixa Berçário é uma caixa plástica tipo gaveta, destas que compõem as geladeiras domésticas vendidas no mercado como peça de reposição, eu as utilizo durante a estação de cria como berçário com as larvas retidas na peneira n° 1mm aonde recebem uma alimentação a base de: Farelo de trigo, farelo de aveia, Super  Toplife em pó, um pouco de Cálcio em pó e gema de ovo cozida peneirada e desidratada. Separo de véspera a quantidade de larvas a serem usadas em fêmeas com filhotes de 0 a 4 dias e deixo-as passarem a noite em vasilhame de vidro tipo Pirex contendo apenas uma toalha de papel absorvente umedecida em uma solução de VITA GOLD potenciado e água na proporção de 20 gotas para 50ml de água efetuando-se a completa hidratação das larvas que serão servidas aos filhotes recém nascidos. Ressalto ainda o uso de soro caseiro em substituição a água em casos especiais para hidratar filhotes de 0 a 4 dias.
 A caixa Creche é idêntica a caixa Berçário em todos os sentidos menos no tipo de larva que neste caso são as larvas retidas na peneira n° 1mm quando do primeiro processamento. Portanto possuem um maior porte que as larvas do berçário, o processo de alimentação e hidratação é o mesmo, diferindo apenas que irão para fêmeas com filhotes entre 4 e 30 dias de nascidos. Observe que à medida que os filhotes crescem as larvas também crescem. Se houver uma predominância de filhotes de 0 a 4 dias podemos submeter às larvas a baixas temperaturas para retardar o seu crescimento, refrigerando-as em temperatura entre 5° e 13° graus Celsius, sem problema.
As larvas são fornecidas sem restrição de quantidade em vasilhames do tipo banheira durante todo o período de cria.



Composição nutricional das Larvas de Tenébrio
Segundo a Dra. Nancy Nehring. 
Revista Reptiles Magazine (July 1996).
Nutritional Information
Mealworms consist of the following:
As larvas de tenébrio consistem no seguinte:
 Umidade ......................... 57%
Proteína ...........................24%
Carboidratos ..................2,8%
Fibra ...............................2,3%
Cálcio ............................. 0,02%
Indeterminados ............13,88% 
OBS: Precisamos acrescentar a alimentação dos tenébrios suplementos ricos em Cálcio.



Predadores
Dentre os predadores do Tenébrio Molitor mais significativos que atuam no Terrário encontramos a lagartixa (Réptil), a garrincha (Troglodytes músculos) pássaro , e formigas diversas, sendo que os dois primeiros não atacam as caixas, estão sempre em busca de alguma larva fujona, o que de certa forma constitui-se num trabalho benéfico dado ao poder destrutivo que as larvas exercem soltas dentro de uma residência. As formigas destroem qualquer Terrário, devem ser combatidas a qualquer custo sobre pena de perdermos toda a criação. Costuma-se untar com  Vaselina  Sólida, Graxa Lubrificante os pés das mesas e estantes que suportam as caixas evitando deste modo o ataque. Também é muito usado vasilhames com óleo sob os pés das mesas e estantes com muita eficiência.

Parasitas
Os parasitas que infestam as caixas de Tenébrios Molitor mais significativos pelo estrago que provocam são: aranhas (Aracnídeos) - atacam as larvas em várias fases de seu desenvolvimento, gorgulhos e carunchos - pequenos besouros de coloração avermelhada muito ágeis que atacam o substrato, mariposa - pequena medindo aproximadamente 8mm de comprimento e de cor bege esbranquiçada. Suas larvas ficam dento de longos tubos construídos com material do substrato por aglutinação de partículas mediante o lançamento de substância viscosa  secretada por sua larva. Transformam ao longo do tempo toda a caixa em uma imensa ramificação de casulos atacando em especial as larvas em todas as fases do seu desenvolvimento. A sua larva é de cor branca, e à medida que se desloca emite uma substância viscosa que vai aglutinando tudo no seu caminho. A larva dentro de algum tempo empupa, transformando-se novamente em mariposa que voam quando abrimos a caixa contaminando todo o terrário .
Verifica-se ainda a presença de mofo no substrato por excesso de umidade no ambiente do terrário. Todo o substrato assume coloração esverdeada e somos obrigados a promover a reciclagem imediata de toda a caixa sobre pena de perde-la.

Prevenção

A maneira mais eficiente de combater os parasitas é a prevenção. Devemos submeter todo o substrato a temperatura de 90°C para esterilização, e só depois utiliza-lo. Caso ocorra a contaminação de uma caixa por qualquer um dos parasitas citados, devemos tomar as iniciativas de combate manual imediatamente. Quando das reciclagens periódicas efetuamos combate manual em todo o material submetido a peneiramento e efetuamos por medida de segurança a troca de todas as tolhas de papel absorvente.


Fonte: zoopets, Gilberto Ferreira Barbosa

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Prática - 02,parte 1, Tenébrio molitor: morfologia, identificação científica,o ciclo reprodutivo, a criação em cativeiro, a alimentação, as instalações e manejo

Muitos insetos são extremamente importantes para o homem e sem eles a sociedade humana não poderia existir na sua forma presente, pelas suas atividades de polinização, fornecer mel, seda de abelha e outros produtos de valor comercial, que servem como alimento para o homem e outros animais, muitos são utilizados no controle biológico, têm sido úteis em medicina e pesquisa científica, alguns são nocivos ao homem animais, como vetores de doenças e outros são às plantas causando anualmente enormes perdas em colheitas agrícolas e produtos armazenados.

Com o objetivo de estimular os alunos a uma tendência científica, levando-os a concretização de todas as atividades, despertando a consciência de cooperação e responsabilidade, os alunos do ensino médio tiveram aula prática com o professor José Bezerra sobre o inseto Tenébrio molitor.


O nome científico do Tenebrio comum é Tenebrio molitorEle pertence ao filo dos Artrópodes, classe dos Insetos, ordem Coleóptera e família Tenebrionidae.


Se você observar atentamente as pernas dos artrópodes, verá que elas tem "juntas" ou articulações. Daí o nome artrópodes. É uma palavra que vem do grego, onde arthron significa "articulação" e podos significa "pé". Artrópodes, portanto, é o mesmo que "pés articulados".

Tenebrios são uma fantástica ferramenta para se ensinar assuntos relacionados a biologia dos seres vivos. São higiênicos, inofensivos, e despertam um grande interesse de quem os observa.

Durante o decorrer do ano os estudantes poderão observar todo o ciclo de vida do Tenebrio, e a renovação da colônia. De uma forma didática e interativa os estudantes serão capazes de observar e identificar todas as fases do ciclo de vida do inseto, constatar o crescimento larval, acompanhar a cópula dos besouros e a postura de ovos no substrato. 


Viabilidade de uso na alimentação dos pássaros
O primeiro ponto a ser discutido é a importância das larvas na alimentação dos pássaros.
Podemos assegurar que com a disponibilidade atual de rações e farinhadas, balanceadas para cada espécie de pássaro, as larvas perdem importância pelo seu valor nutricional.
Embora apresentem cerca de 20 % de proteína bruta (média digestibilidade) e 12 % de gordura, sua relação Cácio/fósforo é de 0,04 (133 ppm de C e 3300 ppm de P), inadequada para a alimentação dos pássaros, contribuindo para o desbalanceamento da dieta.
Sua cultura está muito sujeita ao desenvolvimento de fungos, principalmente Aspergillus flavus e A. Parasiticus causadores de Aspergilose e, indiretamente, de Aflatoxicose.
Em contrapartida, é notório o benefício psicológico que leva aos pássaros. Desperta seus instintos de predadores onívoros. Estimula as fêmeas a se aprontarem para a reprodução e a alimentarem os seus filhotes. Já vimos fêmeas mateiras que não alimentam seus filhotes se não tiverem acesso às larvas.


Ciclo reprodutivo
O Tenébrio Molitor, como todos os besouros, submete-se a uma metamorfose completa, passando pelos estágios de ovo, larva, pupa (ou crisálida) e besouro.
O ciclo reprodutivo se completa em 6 meses, estando, no entanto, muito sujeito as condições de temperatura, umidade, nutrição e iluminação. São de hábitos noturnos, não suportando a luz solar. Baixas temperaturas poderão retardar ou até mesmo impedir seu desenvolvimento.. A temperatura ideal para o seu desenvolvimento fica entre 28 e 32°.
Quando desejarmos retardar o desenvolvimento das larvas que estejam em um tamanho adequado para fornecimento aos filhotes, bastará resfriar a colônia, mantendo-a em uma temperatura de cerca de 10 °C.
Os besouros apresentam diformismo sexual evidente, estão maduros sexualmente no 10 dia e vivem por cerca de 60 dias.


Uma fêmea pode efetuar a postura de cerca de 300 ovos que aderem às partículas do substrato e eclodem após 15 dias.
Pouco após a eclosão já se pode observar o movimento causado pelas novas larvas no substrato.



A pele (exoesqueleto) é quitinosa e não acompanha o desenvolvimento da larva, sendo substituída por até quinze vezes antes que essa se torne uma pupa, em um processo chamado ecdises. Daí as colônias ficarem repletas de “cascas” de larvas. A duração da fase larval é de aproximadamente 90 dias e uma larva pode atingir 3 cm de comprimento e 1 g de peso.


 No final do seu desenvolvimento, sobem para a superfície do substrato e iniciam a fase de transformação, quando são chamadas de pupas ou crisálidas. As pupas não se alimentam e movimentam-se apenas por contorções dorso-ventrais quando estimuladas pelo toque.
Permanecem nesse estagio por 15 dias, quando viram besouro.


Criação em cativeiro
A maior preocupação em sua manutenção está relacionada ao desenvolvimento de fungos e a conseqüente produção de micotoxinas. Os segredos são ambiente seco, ventilado, alimentação de qualidade, inclusão de adsorventes de micotoxinas no substrato e constante renovação das colônias.


 Também é importante protegermos as colônias contra a invasão por outros insetos, principalmente por formigas que dizimam completamente as culturas . A proteção conta o ataque de formigas é obtida pela unção do pés das prateleiras com graxa, que impede a sua subida.


A alimentação
Os farelados de cereais se constituem na base da formação do substrato, que será consumido pelas larvas. O farelo de trigo é o mais empregado, mas apresenta o inconveniente de comumente vir contaminado com ovos de outros insetos, como os de pequenas mariposas e os de carunchos. Para empregá-lo sem problemas, deve ser colocado por dois minutos em um forno de microondas, para assepsia. Uma preocupação importante é a granulometria do farelado. Deve ser do tipo flocos e nunca do tipo pó, para permitir uma aeração do substrato, facilitando a respiração das larvas.
Embora não seja a opção mais econômica, adotamos o Neston da Nestlé como o substrato das nossas caixas de recria. Adicionamos ainda 20% de proteína de soja texturizada.



Nas caixas destinadas a desova empregamos Mucilon de milho e de arroz, com granulometria mais fina, que facilita a separação das larvas que irão para as caixas de recria.


 Muitas outras soluções são adotadas para a formação do substrato. Há quem adicione premix mineral. Contra-indicamos, no entanto, alguns componentes que tendem a se degradar mais rapidamente como leite em pó, farinha láctea, ração para cachorros e outras rações empregadas na avicultura de produção.



Costumamos oferecer como fonte de umidade fatias de batata (uma batata inglesa cortada em 4 partes), que são depositadas sobre uma almofada de bucha, do mesmo tipo empregado para a proteção dos ninhos, para evitar contato com o substrato. Esses vegetais devem ser substituídos diariamente. Observamos, no entanto, muitos criadores que não fornecem qualquer fonte de umidade e conseguem manter suas culturas.


 Instalações
Usamos dois tipos de caixas. Ambas de madeira, com as paredes verticais internas revestidas por fórmica, para evitar que sejam escaladas e com tampa parcialmente telada (malha fina – 1 ou 2 mm).



 As caixas de recria com 60 cm de comprimento, 30 cm de largura e 20 cm de altura.
As caixas para desova com 30 cm de comprimento, 20 cm de largura e 20 cm de altura.
Nas paredes laterais, em uma faixa de 10 cm (metade superior) efetuamos várias perfurações com uma broca bem fina, para melhorar a ventilação da caixa.


Manejo
Nas caixas de desova são colocadas apenas pupas, não mais de sessenta, removidas das caixas de recria. Nelas tornar-se-ão besouros e farão a postura. De duas a quatro semanas após a da morte do besouros examinamos o substrato e observamos a movimentação das novas larvas, recém eclodidas. Passamos o substrato por uma peneira mais grossa (4 mm) para retirarmos os restos de besouros mortos, cascas de pupas e outros elementos indesejados. O substrato volta para mesma caixa depois de peneirado. Quando as larvas novas tiverem atingido um tamanho que permita sua retenção na peneira fina (2 mm), o substrato deve ser peneirado para a retirada e transferência das larvas para as caixas de recria. Deve ser evitada ao máximo a transferência de substrato de uma caixa para outra. Dessa forma, sempre renovando totalmente o substrato, a possibilidade de desenvolvimento de fungos e outros organismos indesejados é minimizada.

O emprego de caixas para desova, reunindo apenas pupas e cascudos, incrementa sobremaneira a produção de larvas. Quando a desova ocorre nas caixas de recria, a maioria dos ovos é comida pelas larvas em desenvolvimento, comprometendo a produtividade da colônia. Essa é a forma que a natureza encontrou para controlar a superpopulação. 

O substrato consumido deve ser manuseado com muito cuidado pois apresenta característica alergênica. Se constitui em excelente adubo para plantas.
Da mesma forma, para as caixas desova deves ser transferidas apenas as pupas, que são coletadas com o auxílio de uma pinça.

As dimensões e quantidades de caixas devem ser adequadas as necessidades de cada criatório.
Um conjunto (caixa de desova + caixa de recria), com as dimensões citadas permite a produção de cerca 5.000 larvas. Para que tenhamos larvas em ótimas condições durante todo o tempo, são necessários, no mínimo, dois conjuntos.
Caixas superlotadas levam ao canibalismo. Caixas pouco povoadas desperdiçam substrato.

Consideramos que os principais fatores limitantes da produção de larvas de Tenébrio Molitor e caixas são os seguintes:
-Pouca ventilação nas caixas, especialmente nas que possuem paredes revestidas de fórmica ou são de plástico, colaborando para que a umidade cause a degradação do substrato.
-Falta de renovação do substrato, facilitando o desenvolvimento de fungos e produção de aflatoxinas.

-Permissão de desova nas caixas onde existem larvas em desenvolvimento, comprometendo a quantidade de ovos eclodidos.

Fonte: Gilberto Schickler – Zootecnista

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O GUIA EDUCAR-SE 2011 homenageia José Bezerra, Neuza Pinto e Maria do Amparo


O professor José Bezerra (Prêmio Betinho) , autor e coordenador dos Projetos Cheirinho de Mato e o Click Trilha, as coordenadoras Neuza Pinto e Maria do Amparo do Colégio Arquidiocesano são destaques de Capa do GUIA EDUCAR-SE 2011 que homenageia Educadores Sergipanos. O GUIA com quase cem páginas vem recheado de dados e informações de mais de 5 mil endereços da Educação, com fotos e biografias de professores de várias cidades do interior, páginas temáticas sobre Cultura, Esporte e Educação Ambiental. (Editor Jorge Lins, Designer Rafael Lins com fotos de Juliano Oliveira). O lançamento será dia 28 de fevereiro, segunda-feira às 18h na Sociedade Semear.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Prática - 01,parte 2, Microscopia: Utilização do microscópio de luz

Os professores José Bezerra e Reinalda Alves trabalharam com os alunos microscopia e aparelhagem de laboratório, com o objetivo de permitir ao aluno conhecer, familiarizar-se e manipular os principais equipamentos e vidrarias de uso corrente em laboratórios biológicos.
Durante a aula prática os alunos prepararam as lâminas utilizando fio de cabelo e células de cebola. A prática laboratorial é de fundamental importância no desenvolvimento de biologia no ensino médio.
Abaixo fotos do trabalho desenvolvido no Laboratório de Biologia e Meio Ambiente.













domingo, 6 de fevereiro de 2011

Laboratório de Biologia e Meio Ambiente


"A experimentação inter-relaciona o aprendiz e os objetos de seu conhecimento, a teoria e a prática, ou seja, une a interpretação do sujeito aos fenômenos e processos naturais observados, pautados não apenas pelo conhecimento científico já estabelecido, mas pelos saberes e hipóteses levantadas pelos estudantes, diante de situações desafiadoras ”. Lima et al (1999).


PLANETA VERDE: DNA por 5 reais

Como uma técnica rápida e barata de análise genética está ajudando a indentificar milhões de espécies de seres vivos

Os biólogos calculam que existam entre 10 milhões e 100 milhões de espécies de seres vivos na Terra. Mas só 2 milhões delas já foram identifi cadas. As outras permanecem desconhecidas para a ciência. Um inventário mais completo é necessário para gerenciar
tanto sua preservação quanto o uso sustentável das espécies pelo ser humano — em produtos que vão de cremes de beleza a medicamentos. Mas identifi car milhões de animais, vegetais e micro-organismos apenas observando sua morfologia é uma tarefa hercúlea. Por isso, cientistas de vários países, incluindo o Brasil, desenvolvem tecnologias para diferenciar e catalogar as espécies com mais rapidez. A mais bem-sucedida delas é conhecida como DNA barcoding — a leitura do “código de barras” presente no DNA dos seres vivos. Ela permite identificar um ser vivo a um custo de apenas 5 reais por amostra analisada.

A ideia por trás do DNA barcoding é decifrar apenas uma pequena parte da cadeia de DNA. Um laboratório bem equipado pode fazer isso em poucas horas. Basta que receba uma amostra de tecido daquele ser vivo — como uma folha de planta. A sequência obtida é, então, comparada com outras armazenadas em bancos de dados. Assim, é possível saber se a amostra analisada pertence a um ser vivo já conhecido ou não. Para que isso funcione, é preciso escolher sempre o mesmo trecho de DNA, em todas as amostras. Para a identificação de animais, por exemplo, usa-se uma sequência de DNA de uma mitocôndria, um dos corpúsculos existentes nas células. Há também trechos de DNA padronizados para identificar plantas e outros seres vivos.



BIBLIOTECA DE CÓDIGOS
A técnica do DNA barcoding foi apresentada em 2003 pelo grupo do cientista Paul Herbert, da Universidade de Guelph, no Canadá. Somente nos últimos anos, porém, ela ganhou a adesão de pesquisadores ao redor do mundo. Hoje, 25 países, incluindo o Brasil, participam de um consórcio que tem a meta de cadastrar 500 000 espécies até 2015. No Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) investiu 5 milhões de reais em estudos na área nos ultimo’s dois anos. Por aqui, o problema é que os cientistas ainda levam muito tempo na bancada do laboratório realizando o processo. Em outros países, usam-se métodos mais automatizados. “Uma vantagem dessa técnica é opreço de cerca de 5 reais por indivíduo apenas”, diz o biólogo australiano William Ernest Magnusson, coordenador do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) na Amazônia Ocidental. No futuro, o uso da técnica poderá ajudar a combater a biopirataria e o tráfico de animais silvestres. Mas essa não é a prioridade.

“Nosso maior problema é a falta de conhecimento sobre a biodiversidade”, afirma Magnusson, que vive há 30 anos na Amazônia. O problema não é só brasileiro. “Se você não pode medir, não consegue gerenciar”, diz John Chenery, diretor de comunicações do International Barcode of Life (iBOL), no Canadá. O iBOL funciona como uma biblioteca dos códigos de barra de DNA. São códigos como o que aparece nesta página, da piranha Pygocentrus piraya, que habita rios como o São Francisco e o Amazonas. Armazenar os dados de cada espécie também é importante para os estudos futuros.
“Estamos no meio de um grande período de extinção. Talvez 50 000 espécies estejam desaparecendo todos os anos”, diz Chenery. 

ROBÔ SUBMARINO 
O DNA BARCODING não elimina o uso de técnicas mais tradicionais de toxonomia. Em
muitas situações, a melhor maneira de identificar espécies ainda é observar suas características morfológicas.


Fonte:Renata Leal, Revista Info Exame