terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sustentabilidade: Energia solar doméstica vai ficar muito barata

Placas substituem telhados tradicionais
A energia solar mais barata está a caminho, com painéis substituindo telhas em telhados e gerando níveis mais altos de energia renovável, segundo cientistas americanos.
Como há bastante sol sobre telhados domésticos para potencialmente alimentar a maior parte, senão todas as necessidades de eletricidade do país, as perspectivas futuras são animadoras. Telhas que tiram eletricidade dos raios solares e podem ser encaixadas sobre as casas já são comercialmente disponíveis.
Agora, células solares criadas de materiais abundantes no planeta são mais produtivas, acessíveis e flexíveis, tornando fácil instalar energia fotovoltaica em novas áreas de construção.
Cientistas fizeram estes comentários durante um simpósio sobre sustentabilidade do congresso nacional da Sociedade Química Americana, nesta semana. Ela é a maior sociedade científica do mundo.
Um deles, Harry A. Atwater, disse: “A sustentabilidade envolve o desenvolvimento de tecnologias que possam ser produtivas no longo prazo, usando recursos que satisfaçam as necessidades de hoje sem ameaçar a capacidade de gerações futuras de satisfazer as suas. É exatamente isto que estamos fazendo com estes novos dispositivos de conversão de energia solar.”
Os novos equipamentos fotovoltaicos usam metais descritos como materiais abundantes, tais como cobre e zinco, que substituem aqueles mais raros, como índio, gálio e outros. Estes são frequentemente importados. A China, por exemplo, minera mais de 90% de elementos raros da terra para baterias de carros híbridos, magnetos, aparelhos eletrônicos e equipamentos de alta tecnologia, informa oEarth Times.
Foto: Wayne National Forest / Creative Commons
Fonte: José Eduardo Mendonça, Planeta Sustentável 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

TECNOLOGIA VERDE: Capa recarrega o tablet com energia solar

A empresa americana Voltaic Systems criou o Spark Tablet Case, um case para tablets com um sistema gerador de energia solar acoplado. Assim, o dispositivo portátil pode ser recarregado sem precisar de energia elétrica.


O Spark Tablet Case tem quatro painéis fotovoltaicos em sua parte externa. Eles produzem até oito watts de potência. Portanto, são os responsáveis por captar energia solar para recarregar o tablet. 

O fabricante garante também que é possível carregar outros gadgets com a capa, como celulares, iPods e câmeras fotográficas. Segundo a Voltaic Systems, dez horas de incidência solar direta nesses painéis solares podem carregar um iPad. A bateria também pode ser carregada em qualquer saída USB. 

Além disso, a capa é à prova d’água e tem almofadas para a proteção do equipamento. A parte interna contém bolsos e compartimentos forrados para manter o dispositivos bem protegido, mesmo quando não for necessário recarregar. 

Outro ponto de destaque está na parte externa da capa. Ela é feita a partir de garrafas de refrigerante reutilizadas. 

O case pode ficar entreaberto para que o usuário possa encaixar o tablet e trabalhar. Ao mesmo tempo, é possível colocar a capa em uma posição que seja possível captar a energia solar.

Fonte: Vanessa Daraya - INFO Online

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Prática - 07, parte 2, Observação Microscópica de Plantas Aquáticas

Sustentabilidade: Geradoras de energia e de limpeza

Elas têm estruturas mais simples e se reproduzem em velocidades muito maiores do que as dos outros vegetais. Essas características colocam as microalgas e as pequenas plantas aquáticas da família das Lemnaceaes na fronteira das pesquisas sobre novas fontes de biocombustíveis.
Especialistas nessas duas matérias-primas apresentaram resultados de seus estudos no 2º Congresso Pan-Americano sobre Plantas e Bioenergia, que termina nesta quarta-feira, em São Pedro (SP).


O caráter sustentável da produção de algas, que têm grande capacidade de absorver dióxido de carbono (CO2), foi ressaltado por Richard Sayre, diretor do Instituto Erac para Combustíveis Renováveis, em Saint Louis, Estados Unidos. 
Mantido pela iniciativa privada, o Erac é um dos maiores centros mundiais de pesquisas em plantas, reunindo 170 pesquisadores e 95 PhDs.


Sayre apontou a importância de se investir em fontes renováveis de energia que forneçam combustível em forma de óleo, como é o caso das algas.
– A gasolina pode ser substituída por etanol, porém outros combustíveis e produtos derivados de petróleo dependem de matérias-primas baseadas em óleo –, afirmou.
Por esse motivo, somente metade do petróleo usado no mundo poderia ser substituído por etanol. Além disso, o óleo, segundo o pesquisador, contém o dobro da densidade energética do etanol.


Ao se comparar fontes de biodiesel, as algas também apresentam uma produtividade muito superior às das demais matérias-primas, segundo Sayre. No estudo do Erac, as algas produziram 58.700 litros de óleo por hectare de cultivo, contra 5.950 litros de óleo de palma, a segunda colocada.


– Essa é uma estimativa modesta, que considera a extração de 30% de óleo da biomassa, mas podemos extrair até 70% elevando a produtividade para 136.900 litros de óleo por hectare –, afirmou.
Além disso, as algas não possuem tecidos heterogêneos, como folhas, galhos e raízes, o que facilita um dos maiores obstáculos da obtenção dos biocombustíveis de plantas: a quebra da parede celular.
Outra vantagem apontada pelo pesquisador é o alto teor de óleo das células das algas, que podem apresentar até 50% de lipídios não polares, mais fáceis de serem quebrados, e possuem de 10% a 45% mais energia do que as matérias-primas obtidas de carboidratos.


O especialista norte-americano propõe também que as algas sejam aplicadas na solução de outro problema das grandes cidades: o tratamento de esgoto. Algas capazes de decompor matéria orgânica poderiam ser cultivadas em estações de tratamento. Além da limpeza da água, o cultivo produziria biodiesel e absorveria uma boa parte do CO2 da atmosfera.


No exemplo de Sayre, o tratamento de esgoto de uma cidade como Nova York produziria 10 milhões de litros de biodiesel de algas por ano e absorveria 40% do CO2 emitido por uma termelétrica de 200 MWh movida a carvão.


– Também haveria ganhos adicionais com a produção de metano e de produtos para ração animal –, completou.
O desafio da equipe do Erac está em desenvolver melhorias genéticas a fim de aprimorar a conversão de energia solar no interior das células. Essa conversão depende do tamanho de estruturas chamadas de complexo LHCII. Por serem muito grandes, essas estruturas recebem mais energia do que conseguem processar e o excedente (cerca de 60%) acaba sendo desperdiçado.


A viabilidade econômica da produção de biodiesel de algas foi conquistada ao longo dos anos graças aos avanços obtidos em pesquisa.
– Hoje, conseguimos produzir biodiesel de algas ao custo de US$ 2 por galão, sem subsídio algum do governo. Há três anos, esse mesmo galão custava US$ 100 –, comparou.


A menor planta do mundo capaz de produzir flores é outra fonte promissora de biocombustível, de acordo com o professor Eric Lam, do Departamento de Biologia e Patologia Vegetal da Universidade do Estado de New Jersey – Rutgers, nos Estados Unidos.


Conhecidas no Brasil como lentilhas d’água, as plantas da família Lemnaceae são capazes de se reproduzir sobre água doce ou salobra. São cinco gêneros e 40 espécies conhecidas que se espalham em regime perene por praticamente todo o planeta, com exceção das regiões desérticas e polares.


Nos Estados Unidos, elas são chamadas de duckweeds (“erva de pato”), por servirem de alimento às aves aquáticas que aproveitam as estruturas ricas em gordura, proteínas e amido da planta.
Assim como as algas, as lentilhas d’água se reproduzem com velocidade muito maior que a dos demais vegetais.


– Os exemplares da espécie Wolffia microscopica dobram de quantidade a cada 30 horas –, disse Lam.
Essa proliferação se deve ao fato de as Lemnaceaes se propagarem principalmente de maneira assexuada, produzindo clones genéticos. Outra diferença é que essas plantas aquáticas são extremamente pobres em lignina, macromolécula responsável pela defesa imunológica, pelo transporte de água e nutrientes e, especialmente, pela estrutura física da planta, conferindo-lhe suporte mecânico.
Lam especula que a pouca concentração de lignina nas lentilhas d’água seria um fruto da adaptação desses vegetais ao habitat aquático, no qual não seria necessária igual rigidez.


A baixa presença de lignina é uma considerável vantagem na fabricação de biocombustível, pois quebrar essa molécula tem sido um dos maiores desafios da pesquisa em combustíveis de origem vegetal.


De maneira similar às algas, as Lemnaceaes têm a capacidade de recuperar águas contaminadas, uma vez que reduzem coliformes, absorvem metais pesados e consomem parcelas consideráveis de nitrogênio e fósforo. Elas também têm um papel importante no ecossistema ao estimular a presença de anfíbios e de outros animais aquáticos. 


Em uma experiência realizada em uma fazenda de porcos nos Estados Unidos, o professor Jay Cheng, da Universidade do Estado da Carolina do Norte, conseguiu em 12 dias eliminar completamente altas concentrações de nitrogênio e potássio que a criação emitia no lago da fazenda apenas com aplicação de lentilhas d’água.


O mesmo experimento utilizou as plantas na produção de combustível e obteve uma produtividade cinco vezes maior por unidade de área cultivada em comparação com o etanol obtido do milho.


A planta ainda pode ser obtida em regiões em que ela se prolifera como invasora. Lam apresentou dois exemplos, um no lago Maracaibo, na Venezuela, e outro em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Em ambos, as Lemnaceaes ocuparam quase toda a superfície dos lagos, prejudicando o ecossistema.
– As autoridades locais vão adorar se você se dispuser a retirar essas plantas dos lagos. É uma fonte abundante e gratuita para o produtor de biocombustível –, disse Lam.


Segundo ele, algas e Lemnaceaes são fontes por excelência de biocombustível, pois, além de recuperar águas contaminadas e absorver CO2, elas não competem por terras agriculturáveis nem com a produção de alimentos como milho e soja.

Fonte: Redação do Correio do Brasil, com Agência Fapesp – de São Paulo


domingo, 5 de agosto de 2012

Sustentabilidade: Plástico biodegradável de açúcar, em escala industrial

Há mais de dez anos, a empresa PHB Industrial produz em escala piloto o Biocycle, um plástico biodegradável feito com açúcar de cana. Apesar de dominar a tecnologia para fabricar diversos produtos com o polímero e para tornar seu custo competitivo quando comparado ao do plástico convencional, a empresa ainda não conseguiu elevar sua produção a uma escala industrial


Para Roberto Nonato, engenheiro de desenvolvimento da PHB Industrial, o caminho mais curto para levar o Biocycle ao mercado seria uma parceria com a indústria petroquímica. "Temos tentado isso há alguns anos, mas o pessoal do petróleo não costuma conversar com o pessoal do açúcar", disse durante sua apresentação no workshop Produção Sustentável de Biopolímeros e Outros Produtos de Base Biológica, realizado na sede da FAPESP. 

A história do Biocycle começou no início dos anos 1990, época em que a Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) procurava outros produtos que pudessem ser fabricados em uma usina de açúcar que não fossem commodities. 

Por meio de uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), a Copersucar conseguiu produzir o polihidroxibutirato (PHB) - um polímero da família dos polihidroxialcanoatos (PHA) com características físicas e mecânicas semelhantes às de resinas sintéticas como o polipropileno - usando apenas açúcar fermentado por bactérias naturais do gênero alcalígeno. 

Em 1994, uma planta piloto foi instalada na Usina da Pedra, em Ribeirão Preto. Em 2000, foi criada a PHB Industrial e a tecnologia passou a pertencer ao Grupo Pedra Agroindustrial, de Serrana, e ao Grupo Balbo, de Sertãozinho. 

Com apoio da FAPESP por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e auxílio de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), a empresa desenvolveu a tecnologia de produção dos pellets - pequenas pastilhas cilíndricas feitas com uma mistura de PHB e fibras naturais -, matéria-prima usada pela indústria transformadora para produzir utensílios de plástico. 

"Inicialmente, nos preocupamos apenas em desenvolver o PHB e achávamos que a indústria transformadora faria o resto, mas, quando você chega com uma resina nova ao mercado, ninguém sabe como processar. Percebemos que era preciso ir além", disse Nonato à Agência FAPESP. 

A técnica de misturar PHB com fibras vegetais trouxe outra vantagem: a redução do custo. Enquanto o quilo do polipropileno custa em torno de US$ 2, o quilo do PHB sai por volta de US$ 5. "Se você mistura com pó de madeira, por exemplo, barateia o produto e dá a ele características especiais que podem ser interessantes", explicou o engenheiro. 

DIVERSAS APLICAÇÕES O PHB é um material duro que pode ser usado na fabricação de peças injetadas e termoformadas, como tampas de frascos, canetas, brinquedos e potes de alimentos ou de cosméticos. Também pode ser aplicado na extrusão de chapas e de fibras para atender a indústria automobilística. Serve ainda para a produção de espumas que substituem o isopor. 

"Desenvolvemos diversas aplicações para o polímero em cooperação com outras empresas. A indústria automobilística, por exemplo, nos procurou para testar o PHB e vimos que o polímero era viável na fabricação de peças para o interior dos carros. Mas, como ainda não temos condições de produzir em escala industrial, não conseguimos entrar no mercado", disse Nonato. 

Segundo Nonato, a empresa chegou a ter uma pequena produção industrial de painéis de trator. O produto era mais barato que o equivalente feito com plástico convencional e, ainda assim, o negócio não prosperou. "Era uma produção tão pequena para o padrão da indústria, acostumada a comprar centenas de toneladas, que acabaram desistindo por dificuldades operacionais", disse. 

Para ampliar a produção, a PHB Industrial teria de aumentar sua planta. Segundo Nonato, isso exigiria um investimento muito superior ao que uma usina de açúcar tem como meta. Seria preciso um parceiro. 

Também precisaria de ajuda para dar suporte aos compradores. "É necessário ter uma equipe que vá a campo ensinar qual é a temperatura certa para processar o PHB, o tipo de forma, o tipo de rosca. O mercado é pulverizado e grande parte dele está na Europa. Somente as grandes petroquímicas teriam condições de dar esse suporte", disse. 

Enquanto no Brasil o mercado para o PHB é restrito a nichos interessados em fabricar produtos com apelo ecológico a um preço mais elevado, na Europa a busca por produtos biodegradáveis é grande, segundo Nonato. "Na Europa, a agricultura hidropônica é forte e a legislação ambiental é rígida. Usa-se muito material biodegradável em estufas", contou. 

Com o PHB, é possível fabricar braçadeiras para plantas ou tubetes para reflorestamento e depois encaminhar o resíduo plástico para estações de compostagem, onde ele é rapidamente absorvido pela natureza. 

Enquanto os plásticos tradicionais levam mais de cem anos para se degradar, os produtos feitos com PHB se decompõem em torno de 12 meses e liberam apenas água e dióxido de carbono. 

Além da agricultura, o material pode ser usado na fabricação de embalagens para alimentos, cosméticos e outros produtos oleosos que são de difícil reciclagem. "O mercado existe e nosso produto está pronto. O que falta é um canal para chegar ao mercado e um pouco mais de investimento", disse.

Fonte: Karina Toledo - Agência Fapesp

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Prática - 07, parte 1, Observação Microscópica de Plantas Aquáticas


Com objetivo de observar e identificar estruturas que compõem as células vegetais e conhecer mais sobre plantas aquáticas como a morfologia, fisiologia e formas de reprodução, os alunos do ensino médio, do Colégio Arquidiocesano, tiveram aula prática com os professores José Bezerra e Reinalda Alves sobre plantas aquáticas, foram usadas as espécies:


Nome científico: Pistia stratiotes
Sinonímia: Pistia crispataPistia minor
Nome popular: Alface-d'água
Família: Araceae


Nome científico: Egeria densa
Nome popular: Elódea
Família: Hydrocharitaceae (Hidrocaritáceas)


Nome científico: Lemna minor
Nome popularlentilhas d’água,
Família: Lemnaceae


Roteiro da Aula Prática:
1- Retirar, com auxílio de pinça ou bisturi, uma folha da Elódea e lentilha.
2- Depositar o corte sobre uma lâmina de vidro.
3- Pingar uma gota de água sobre o corte.
4- Cobrir o material com a lamínula de vidro
5- Observar ao microscópio.


Por ser um vegetal terrestre adaptado ao ambiente aquático, a Elódea é considerada uma macrófita aquática. As macrófitas são muito importantes para o equilíbrio desses ambientes, pois além de produzirem oxigênio – que é liberado na água, servem de alimento para muitas espécies de peixes, aves e mamíferos. Além disso, funcionam como abrigo para pequenos vermes, como a planária e microrganismos planctônicos – micro-crustáceos e alguns tipos de moluscos.  


A Elódea é uma angiosperma, pois apresenta flores no seu período reprodutivo que, depois de fecundadas, se tornam frutos. Entretanto, a principal forma de reprodução dela é por fragmentação do caule (que é muito frágil). Neste tipo de reprodução cada fragmento que sai do caule desenvolve-se originando uma nova planta, que é um clone, pois tem material genético idêntico àquela planta de origem. A reprodução da Elódea é muito rápida e fácil de acontecer, o que pode se tornar um problema em lagos e represas, devido ao entupimento de turbinas em hidrelétricas. 


Microscopia: Ciclose
Observando folhas da Elódea em microscópio óptico é possível notar um processo interessante que ocorre no interior de suas células, a ciclose. Este fenômeno consiste em uma corrente citoplasmática, originada pelas interações entre actina e miosina (citoesqueleto), que possibilita ao conteúdo celular a realização de um movimento que permite melhor aproveitamento da luz pelos cloroplastos. Além disso, a ciclose proporciona melhor distribuição dos constituintes moleculares da célula (proteínas, íons, água, ácidos nucleicos, etc). 


No microscópio não é possível ver a migração das proteínas e íons porque suas dimensões são muito reduzidas, mas é possível observar a movimentação de organelas grandes sem a necessidade de usar corantes artificiais.


A organela visível são os cloroplastos, que podem ser observados em movimento nas periferias da membrana plasmática e parede celular. Com a incidência de luz na célula os cloroplastos iniciam o movimento.Por estarem enclausurados pela membrana plasmática e parede celular, os cloroplastos ficam em movimento circular interminável.


Os cloroplastos são organelas vegetais onde acontece a conversão da energia do sol, juntamente com elementos inorgânicos (água e gás carbônico), resultando em moléculas orgânicas ricas em energia (carboidratos), é por meio deste procedimento que as plantas fabricam seu próprio alimento. 


Além disso, é por causa desse processo que, há alguns milhões de anos, foi possível a implantação e o estabelecimento da vida animal no planeta Terra, pois por meio dele acontece a produção de oxigênio.


Estruturas características da célula vegetal: vacúolo, plastos e substâncias esgásticas. Evidentemente, estão presentes nas células vegetais muitas organelas também encontradas nas células animais, como mitocôndrias, dictiossomos (pilhas de membranas lisas, que constituem o Aparelho de Golgi), núcleo, micortúbulos, ribossomos, etc.


Importante: Plastos
Organelas que possuem um envelope, formado por duas membranas unitárias contendo internamente uma matriz ou estroma, onde se situa um sistema de membranas saculiformes achatadas, os tilacóides. O plastídio contém DNA e ribossomos. São divididos em três grandes grupos: cloroplasto, cromoplasto e leucoplasto. Originam-se de estruturas muito pequenas, os proplastídios (que normalmente já ocorrem na oosfera, no saco embrionário e nos sistemas meristemáticos). 


Quando os proplastídios se desenvolvem na ausência de luz, apresentam um sistema especial, derivado da membrana interna, originando tubos que se fundem e formam o corpo prolamelar. Esses plastos são chamados estioplastos.


Cloroplastos
Possuem seu próprio DNA e seu genoma codifica algumas proteínas específicas dessas organelas; contêm clorofila e estão associados à fase luminosa da fotossíntese, sendo mais diferenciados nas folhas. Seu sistema de tilacóides é formado por pilhas de tilacóides em forma de discos, chamado de granos; é nesse sistema que se encontra a clorofila. 


Na matriz ocorrem as reações de fixação de gás carbônico para a produção de carbohidratos, além de aminoácidos, ácidos graxos e orgânicos. Pode haver formação de amido e lipídios, estes últimos em forma de glóbulos (plastoglóbulos).


Cromoplastos
Portam pigmentos carotenóides (amarelos, vermelhos,alaranjados, etc); são encontrados em estruturas coloridas, como pétalas, frutos e algumas raízes. Surgem a partir dos cloroplastos.


Leucoplastos
Sem pigmentos; podem armazenar várias substâncias: -amiloplastos: armazenam amido. Ex.: em tubérculos de batatinha inglesa (Solanum tuberosum). -proteinoplastos: armazenam proteínas. -elaioplastos: armazenam lipídios. Ex.: abacate (Persea americana).


Substâncias ergásticas
Produtos do metabolismo celular. Podem ser material de reserva ou produtos descartados pelo metabolismo da célula. Encontradas na parede celular e nos vacúolos, além de outros componentes protoplasmáticos. 


As mais conhecidas são: amido, celulose, corpos de proteína, lipídios, cristais de oxalato de cálcio (drusas, ráfides, etc.), cristais de carbonato de cálcio (cistólitos) e de sílica (estruturas retangulares, cônicas, etc.). 

Fonte (Texto): enemvirtual.com.br, www.unisanta.br.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

POTÁVEL: Água mais pura

Tecnologia desenvolvida pela Phillips, o InstantTrust é capaz de filtrar e eliminar qualquer tipo de micro-organismo por meio de raios ultravioleta



Para resolver o problema da desinfecção da água, principalmente em regiões em desenvolvimento, onde é mais difícil encontrar o líquido potável, a Philips desenvolveu o InstantTrust, capaz de filtrar e eliminar qualquer tipo de micro-organismo. A diferença da tecnologia do novo produto é que ele pode ser usado com a água em qualquer temperatura - a desinfecção é feita com raios ultravioleta. Ele também pode ser instalado direto na torneira, em bicas ou em jarros de água, não precisando de um lugar específico. 


Outro diferencial é que a água é desinfetada em segundos, eliminando o tempo de espera - a tecnologia limpa 4 litros por minuto. Só nos EUA, 85% das doenças em crianças e 65% em adultos são causadas por vírus e bactérias que estão na água. Em países em desenvolvimento, essa preocupação é muito maior. Manter a água limpa ajuda na saúde e permite usar a água que vem direto da torneira, por exemplo, para beber e cozinhar sem qualquer risco.

Fonte: Planeta Sustentável

domingo, 1 de julho de 2012

Laboratório de Biologia e Meio Ambiente


Teoria e prática juntas para enriquecer o aprendizado.
Os Alunos do ensino médio do Colégio Arquidiocesano contam com um laboratório estruturado onde desenvolvem experimentos que auxiliam também a fixar os assuntos do ENEM. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Campanha de Educação Ambiental

Sempre que se aproximam as festas juninas, surge, junto com elas, a preocupação com os danos causados ao meio ambiente e à saúde das pessoas, por conta do desmatamento e da fumaça, em virtude da tradição de queimar fogueiras.
Sabemos que a cultura do nosso povo deve ser preservada, mas entendemos que as pessoas precisam se conscientizar de que a queima da madeira neste período junino contribui, consideravelmente, para a destruição da mata nativa, e com o aumento do CO2 na atmosfera, causado pela fumaça, cresce o índice de doenças respiratórias, principalmente em crianças e em idosos.
Por isso, mantenham a tradição, mas sem exageros. Em vez de acenderem várias fogueiras, reúnam amigos e familiares em torno de apenas uma.

Essa Campanha de Educação Ambiental é desenvolvida há 3 anos pelo professor e ambientalista José Bezerra Neto, alerta quanto aos riscos para o meio ambiente e para a saúde.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mata atlântica passa por mapeamento inédito sobre fungos

Fotos: Prof. José Bezerra Neto, Projeto Click Trilha no Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe - Brasil.


Comunidades de fungos presentes no solo de três áreas da mata atlântica foram analisadas e catalogadas em pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), pela bióloga Vivian Gonçalves Carvalho. “Os fungos desempenham várias funções essenciais ao ecossistema. Muitos deles podem ser extintos antes mesmo de sabermos de sua existência, o que representaria uma grande perda para a ciência, principalmente para avanços na biotecnologia”, ressalta a pesquisadora sobre a importância do estudo. Vivian estimou que existam cerca de 1840 espécies de fungo no solo da mata atlântica.


As amostras de solo analisadas são provenientes de parcelas permanentes da mata atlântica, porções que foram implantadas pelo programa Biota da Fapesp para servirem como área de pesquisa da biodiversidade do estado de São Paulo. Elas estão localizadas no Parte Estadual de Carlos Botelho, na Serra de Paranapiacaba, Estação Ecológica de Assis, em Assis, e Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no litoral sul de São Paulo.


A mata atlântica é um bioma presente na maior parte da região litorânea do Brasil e uma das mais importantes florestas tropicais do mundo. A colonização deu início à extinção da porção nativa da mata, que se acentuou nas últimas décadas com a expansão agrícola. Esses dados ressaltam a importância de se fazer um mapeamento de comunidades microbianas desse bioma, antes que espécies desconhecidas sejam extintas.

Avaliação
Foram escolhidas três espécies arbóreas que estavam presentes nas três áreas. Foram recolhidas amostras do solo que estavam sob a copa dessas árvores. As amostras foram recolhidas em época de alta pluviosidade e de baixa pluviosidade, ou seja, de alta e baixa incidência de chuva. 


 Vivian utilizou métodos tradicionais e métodos moleculares, o que confere caráter inédito à sua pesquisa. Os estudos sobre fungos do solo da mata atlântica publicados até o momento utilizam apenas métodos de cultivo em laboratório para a identificação das espécies. “Esses métodos, porém, são capazes de recuperar apenas uma pequena parte da comunidade total de fungos, já que muitas espécies não crescem em meios de cultura devido às exigências nutricionais dentre outros fatores”, explica.



A avaliação tradicional consiste no isolamento e no cultivo dos fungos, para que depois eles sejam identificados. Foram isoladas e identificadas 142 espécies por meio do método de cultivo utilizado. “Todas elas estão armazenadas na Universidade Federal de Lavras (UFLA), onde essa parte da pesquisa foi realizada e podem servir de base para outros estudos”.

 

Já as avaliações moleculares foram duas: a eletroforese em gel com gradiente de desnaturante (DGGE), que é uma técnica que permite a avaliação de diferenças na estrutura das comunidades de fungos de diferentes áreas e diferentes épocas e a de pirosequenciamento, que possibilita a recuperação de um grande número de sequências de DNA de fungos presentes nas amostras de solo. Por meio desse método foi possível recuperar cerca de 39 mil sequências de DNA.

 

Elas foram agrupadas em Unidades Taxonômicas Operacionais (UTOs), que representam prováveis espécies de fungos. “Com esse método de pirosequenciamento foi possível identificar cerca de 1840 “espécies” (UTOs) de fungo apenas nas amostras de solo analisadas.” Vívian ressalta: “Se considerarmos a área total de mata atlântica, esse número de espécies é, provavelmente, muito maior”.

 

 Características gerais
A pesquisadora avalia que há uma distribuição bastante homogênea entre as comunidades de fungos dentro de cada uma das três áreas analisadas. Também ficou claro que a pluviosidade não é um fator que influência de maneira relevante a presença desses fungos, já que os dados gerados na análise do período de baixa pluviosidade foi semelhante a da época de alta pluviosidade.


“Algumas diferenciações ficaram claras, como que o Parte Estadual de Carlos Botelho e o Parque Estadual da Ilha do Cardoso têm comunidades de fungos mais semelhantes entre si, enquanto que as comunidades da Estação Ecológica de Assis se diferencia em algumas características. Acreditamos que é porque a Estação de Assis fica mais distante do litoral e pode ter sofrido com a continentalidade, caracterizado pelas maiores variações de temperatura e regimes de chuva ao longo do ano. Por outro lado, os demais parques são geograficamente mais próximos entre si e ao litoral”, comenta a bióloga.

Com todos esses dados emitidos, Vivian e seu orientador montaram uma rede, que eles chamaram de rede neural artificial. Essa rede juntava todos os dados coletados durante o estudo e a partir dela foi possível fazer uma série de inferências acerca dos fatores que exerceram maior influência na diversidade de fungos do solo.

Dentre as variáveis analisadas, a matéria orgânica do solo e o pH mostraram ter maior efeito na diversidade da comunidade de fungos do solo da mata atlântica.

O estudo teve orientação do professor Marcio Rodrigues Lambais, também da Esalq.

Fonte: Paloma Rodrigues, Agência USP de Notícias.