sábado, 5 de novembro de 2011

Prática - 13, parte 2, Divisão Celular

Os alunos do ensino médio, do Colégio Arquidiocesano, tiveram aula prática sobre Divisão Celular, com objetivo de observar a mitose e identificar estruturas que compõem as células vegetais. 


A célula eucaritótica pode reproduzir-se por dois processos: mitose e meiose.
O ciclo celular corresponde ao tempo de geração da célula, isto é, ao período entre duas reproduções celulares. Ele é divido entre intérfase e mitose.
A duração do ciclo celular varia em função do tipo de célula. Em geral, a intérfase é mais demorada que a mitose, correspondendo aproximadamente 90% do ciclo celular.



A mitose é um processo de divisão celular que tem como resultado a formação de duas células-filhas, idênticas entre si, a partir de uma única célula. Graças a ela, os organismos podem crescer, se regenerar e renovar suas células continuamente.



Durante esse processo, um número significativo de eventos ocorre, sendo denominado ciclo celular o período compreendido entre o início de uma mitose ao de outra. Geralmente, tais eventos podem ser vistos ao microscópio comum.



O intervalo entre o fim de uma divisão e o início de outra é chamado intérfase. Nela, o citoplasma e o núcleo são claramente visíveis ao microscópio. Na sua primeira fase, G1 (gap 1 = intervalo 1), a célula aumenta de tamanho, mas não há atividade relacionada à divisão celular. Já na segunda, S (síntese), se inicia a duplicação do DNA e dos centríolos; e na terceira, G2, a síntese já está completa.



Na primeira fase da mitose propriamente dita, a prófase, os filamentos de cromatina começam a se enrolar, formando os cromossomos. Cada cromossomo, aqui já duplicado, é formado por dois filamentos denominados cromátides-irmãs, unidas por uma estrutura: o centrômero. Nessa fase, eles se condensam, tornando-se mais curtos. Eles se tornam temporariamente inativos e, ao mesmo tempo, visíveis ao microscópio.



Também nessa fase os nucléolos desaparecem; do centro celular se formam microtúbulos em uma conformação denominada áster, que mais tarde dará origem às fibras polares; e, ao final dessa fase, a carioteca se rompe.



Na metáfase, os centríolos migram aos polos opostos da célula, e as fibras polares passam a ocupar o local do núcleo. Alguns microtúbulos destas fibras se ligam a complexos proteicos dos centrômeros denominados cinetócoros, formando as fibras cromossômicas. Estas deslocam os cromossomos para o centro da célula, formando a chamada placa equatorial, ou metafásica.



Por atingirem o grau máximo de condensação, os cromossomos se apresentam bem visíveis; e permanecem ligados às fibras do fuso mitótico, constituídas pelo áster, fibras polares e fibras cromossômicas.



Na terceira fase da mitose, a anáfase, o centrômero se separa, fazendo com que cada cromátide-irmã se apresente agora como dois cromossomos-irmãos, sendo eles direcionados para os polos opostos da célula, graças ao encurtamento das fibras do fuso. Como os cromossomos-irmãos são idênticos, o material genético tende a ser distribuído de forma igual para as duas células que se formarão.



Finalmente, na telófase, os cromossomos se descondensam; surge uma carioteca ao redor de cada conjunto de cromossomos, formando dois novos núcleos; e o nucléolo também se forma novamente. 



Depois disso, núcleo e citoplasma se dividem (cariocinese e citocinese, respectivamente), formando duas células idênticas.
Na mitose vegetal, não há centríolos nem formação de fibras; e a citocinese ocorre de dentro para fora. No caso da célula animal, este evento ocorre de fora para dentro, ou seja: de forma centrípeta, como mostra o desenho da imagem acima.