sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Prática - 12, parte 1, Observação Microscópica de Plantas Aquáticas

Com objetivo de observar e identificar estruturas que compõem as células vegetais e conhecer mais sobre plantas aquáticas como a morfologia, fisiologia e formas de reprodução, os alunos do ensino médio, do Colégio Arquidiocesano, tiveram aula prática sobre plantas aquáticas, foram usadas as espécies:

Nome científico: Lemna minor
Nome popular: lentilhas d’água,
Família: Lemnaceae

Nome científico: Pistia stratiotes
Sinonímia: Pistia crispata, Pistia minor
Nome popular: Alface-d'água
Família: Araceae

Nome científico: Egeria densa
Nome popular: Elódea
Família: Hydrocharitaceae (Hidrocaritáceas)


Roteiro da Aula Prática:

1- Retirar, com auxílio de pinça ou bisturi, uma folha da Elódea e lentilha.
                                         2- Depositar o corte sobre uma lâmina de vidro.
3- Pingar uma gota de água sobre o corte.
4- Cobrir o material com a lamínula de vidro
5- Observar ao microscópio.


Por ser um vegetal terrestre adaptado ao ambiente aquático, a Elódea é considerada uma macrófita aquática. As macrófitas são muito importantes para o equilíbrio desses ambientes, pois além de produzirem oxigênio – que é liberado na água, servem de alimento para muitas espécies de peixes, aves e mamíferos. Além disso, funcionam como abrigo para pequenos vermes, como a planária e microrganismos planctônicos – micro-crustáceos e alguns tipos de moluscos.  


A Elódea é uma angiosperma, pois apresenta flores no seu período reprodutivo que, depois de fecundadas, se tornam frutos. Entretanto, a principal forma de reprodução dela é por fragmentação do caule (que é muito frágil). Neste tipo de reprodução cada fragmento que sai do caule desenvolve-se originando uma nova planta, que é um clone, pois tem material genético idêntico àquela planta de origem. A reprodução da Elódea é muito rápida e fácil de acontecer, o que pode se tornar um problema em lagos e represas, devido ao entupimento de turbinas em hidrelétricas. 

Egeria densa
Microscopia: Ciclose
Observando folhas da Elódea em microscópio óptico é possível notar um processo interessante que ocorre no interior de suas células, a ciclose. Este fenômeno consiste em uma corrente citoplasmática, originada pelas interações entre actina e miosina (citoesqueleto), que possibilita ao conteúdo celular a realização de um movimento que permite melhor aproveitamento da luz pelos cloroplastos. Além disso, a ciclose proporciona melhor distribuição dos constituintes moleculares da célula (proteínas, íons, água, ácidos nucleicos, etc). 


No microscópio não é possível ver a migração das proteínas e íons porque suas dimensões são muito reduzidas, mas é possível observar a movimentação de organelas grandes sem a necessidade de usar corantes artificiais.


A organela visível são os cloroplastos, que podem ser observados em movimento nas periferias da membrana plasmática e parede celular. Com a incidência de luz na célula os cloroplastos iniciam o movimento.Por estarem enclausurados pela membrana plasmática e parede celular, os cloroplastos ficam em movimento circular interminável.


Os cloroplastos são organelas vegetais onde acontece a conversão da energia do sol, juntamente com elementos inorgânicos (água e gás carbônico), resultando em moléculas orgânicas ricas em energia (carboidratos), é por meio deste procedimento que as plantas fabricam seu próprio alimento. 


Além disso, é por causa desse processo que, há alguns milhões de anos, foi possível a implantação e o estabelecimento da vida animal no planeta Terra, pois por meio dele acontece a produção de oxigênio.

Lemna minor

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Prática - 11, parte 2, Observação de Microcrustáceo: Artêmia salina

Trata-se de um crustáceo de pequeno tamanho, de 10 a 15 mm, que habita nas salinas, mas que tem a particularidade de poderem reproduzir-se em casa visto ser fácil de obter seus ovos ou cistos.


Este crustáceo tem duas formas de reprodução, ovovivípara e ovípara. Se em seu meio a salinidade baixa, devido ao aumento de água de chuva, por exemplo, reproduzem-se de forma ovovivípara; quer dizer, as fêmeas dão a luz náuplios de artêmia.


Os náuplios têm um valor nutricional muito maior que os adultos, e por isso são utilizados sistematicamente para a criação de alevinos.

Náuplios
No meio natural em que vive a artêmia, aumenta a salinidade por causa da evaporação, esta produz uns ovos resistentes chamados cistos, ovos que estão preparados para suportar longos anos de seca. 



Como manusear os cistos:
Para fazê-los eclodir, devemos colocá-los em uma solução salina. Para isso se mistura 30 gramas de sal puro, livre de aditivos em um litro de água, em uma vasilha tubular onde haverá um constante fluxo de bolhas de ar (aeração) vindo do fundo. 


Artêmia sp
O fluxo manterá a água e os cistos em movimento, que eclodirão 24 horas depois.

  


Artêmia sp

Prática - 11, parte 1, Observação Microscópica de Microcrustáceo: Artêmia salina

Os Alunos do ensino médio orientados pelos professores José Bezerra e Reinalda Alves, durante a prática observaram a eclosão e formação de larvas (Náuplios) de artêmia salina representante do zooplâncton. O zooplâncton assim como o fitoplâncton, constituem a base da cadeia alimentar nos mares e são importantíssimos para a manutenção dos vários níveis tróficos marinhos. 


A Artemia sp é um microcrustaceo pertencente ao filo Arthropoda. Esta espécie é extremamente volátil e adapta-se facilmente às mudanças ambientais, como variações abruptas de salinidade, de temperatura e de oxigênio dissolvido. 


A artêmia é um pequeno crustáceo marinho que mede de 8 a 10 mm de comprimento quando adulto. Sua cor pode ser vermelho claro, rosado, cinza claro, cinza escuro, variando de acordo com o meio em que vive e os alimentos que ingere. 

Artemia sp
Vive normalmente em lagoas de água salgada e, em maior número, quando as águas são de maior salinidade. Pode, no entanto, viver em águas preparadas artificialmente.


Reproduz com bastante facilidade e rapidez. Seus ovos, quando secos, podem ser conservados durante 10 anos, estando sempre aptos a eclodirem, desde que sejam colocados em uma água salgada.


O ciclo de vida da artêmia compreende: ovo (antes da eclosão) –náuplios (são as larvas após a eclosão) – jovem (com 06 dias de idade) – adulto (quando atinge 10 dias de idade). O tempo de vida da artêmia é de 06 a 12 meses. 


A eclosão se realiza 24 a 48 horas após a colocação dos ovos na água, variando esse tempo de acordo com a temperatura da água que deve ser de 24 a 27ºC. Nascem, então, as pequenas larvas com 0,5 mm aproximadamente, sendo denominadas náupilus.


Sua reprodução é sexuada havendo, portanto, machos e fêmeas que se unem para a fecundação dos óvulos. 


 As fêmeas apresentam ovários grandes e cheios de óvulos.
A artêmia se alimenta de plâncton, microalgas, mucilagens produzidas pelas algas, matéria orgânica entre outros compostos. Para criação, podemos alimenta-las como maisena e farinha de peixe.


Os indivíduos adultos (com 10 dias) têm 62,78% de proteínas e 6,5 % de gordura. O corpo de Artemia sp desde a fase de náuplio até adulto, não possui carapaça rígida de quitina, facilitando a alimentação dos peixes nas fases larvais já que o aproveitamento é total. 



Os alunos dos primeiros anos do ensino médio  utilizaram os seguintes materiais e substâncias: 

  Microscópio Óptico;
  Lâmina;
  Pipeta;
  Becker ou béquer;
  Tubos de ensaio;
  Proveta;
  Papel toalha;
 Vidro de relógio;
  Pisseta ou frasco lavador;
  Água;
  Álcool;




Artemia sp





Larvas (Náuplios) de artêmia salina 
Artemia sp

Fonte: UFRJ

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Prática - 10, parte 2, Sustentabilidade:Sabão a partir do óleo de cozinha

Uma forma de diminuir o efeito estufa e a contaminação das águas
A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para diminuir o aquecimento global. 


A decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera.


O metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa, que contribui para o aquecimento da terra.


O óleo de cozinha que muitas vezes vai para o ralo pia acaba chegando no oceano pelas redes de esgoto.


Em contato com a água do mar, esse resíduo líquido passa por reações químicas que resultam em emissão de metano.


 A decomposição e a geração de metano, através de uma ação anaeróbica [sem ar] de bactérias.


Um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água - o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos.


O óleo impede a troca de oxigênio e mata todos os seres vivos como plantas, peixes e microorganismos. E ele também impermeabiliza o solo contribuindo para as enchentes.


 Uma das alternativas é reaproveitar o óleo de cozinha para fazer sabão. A receita é simples e está no final desta matéria.


Quanto mais o cidadão evitar o descarte do óleo no lixo comum, mais estará contribuindo para preservar o meio ambiente. 


Receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha (2)Material
5 litros de óleo de cozinha usado
2 litros de água
200 mililitros de amaciante
1 quilo de soda cáustica em escama


Preparo
Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente
Coloque, com cuidado, a água fervendo
Mexa até diluir todas as escamas da soda
Adicione o óleo e mexa
Adicione o amaciante e mexa novamente
Jogue a mistura numa fôrma e espere secar
Corte o sabão em barras


Atenção: A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios de madeira ou plástico para preparar a mistura.
Por: Irene Lôbo, Agência Brasil