Os maus tratos aos animais no CCZ já foi discutido no MPE
Um enterro simbólico dos animais foi encenado em frente à PMA (Fotos: Portal Infonet) |
A manifestação foi encerrada em frente ao Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos. Ainda no ato houve a encenação de um 'enterro' simbolizando a morte de cerca de 520 animais por mês em Aracaju. Os defensores dos animais entendem que o controle da leishmaniose por meio do sacrifício dos cães e gatos é retrógrado e as atividades desenvolvidas no Centro de Zoonoses de captura, confinamento e extermínio são completamente inconstitucionais e ilegais.
De acordo com a voluntária da Associação Defensora dos Animais São Francisco de Assis (Adasfa), Nazaré Moraes, muitos animais são expostos em um corredor a espera da morte. “Queremos que o Centro de Zoonoses pare de matar os animais. Não existe justificativa para essa atitude. A forma como esses animais são mortos é muito cruel, muitos recebem agressão física antes de morrer", garante Nazaré.
O membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB/SE Tobias Basílio esteve presente na manifestação. “As duas associações nos procuraram para que desse um acompanhamento da discussão que está sendo discutida no Ministério Público. Estamos nos inteirando do assunto pra ver como a OAB pode auxiliar nesse sentido”, explicou.
Os maus tratos e a falta de instalações adequadas no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foram motivo de audiência no Ministério Público do Estado (MPE) no mês de novembro de 2011.
Reunião
Os representantes foram recebidos por membros municipais no Centro Administrativo. Ficou agendada uma audiência para a próxima quarta-feira, dia 25.
De acordo com o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Paulo Tiago, não ocorrem maus tratos aos animais mantidos temporariamente no Centro. Segundo Tiago, as eutanásias realizadas pela Zoonoses seguem as determinações do Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde, onde todo animal infectado por leishmaniose deve ser eutanásiado, como forma de controle. O coordenador afirma ainda que não existe matança indiscriminada de animais neste Centro.
Por Aisla Vasconcelos, Portal Infonet
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